ANTONIO PINTO DE MEDEIROS, PATRONO DA CADEIRA 21 A ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS, QUE TEVE COMO PRIMEIRO OCUPANTE FLORIANO CAVALCANTI, SEGUNDO OCUPANTE FOI O TENENTE DA GLORIOSA E AMADA POLÍCIA MILITAR DO RIO GRANDE DO NORTE LUIZ RABELO; E COMO ATUAL OCUPANTE O DR. VALÉRIO ALFREDO MESQUITA
Antônio Pinto de Medeiros nasceu em Manaus,
capital do Amazonas, no dia 9 de novembro de 1929, porém foi criado nas terras
mossoroenses. Seu pai, Francisco Calixto de Medeiros, foi uma das pessoas que
colocou o bando de Lampião para correr. Foi nestas terras que Antônio estudou e
chegou a prestar Serviço Militar durante a Segunda Guerra Mundial. Mas, foi na
capital do Rio Grande do Norte que começou a desenvolver diversas atividades
culturais, dentre elas a poesia.
Seus poemas são eclesiásticos, surrealistas, questionando
com seus enigmas sobre o tempo, a aventura, a fé, a morte, temáticas que
orbitam em um tom melancolicamente soturno.
Ele ainda chegou a trabalhar como professor e depois como
jornalista, onde inclusive chegou a trabalhar nas redações da imprensa carioca.
Formando-se em Direito em 1950, pela Faculdade do Recife, nunca chegou a
exercer a profissão de advogado, vocacionado que era para o magistério,
jornalismo e a literatura. Um dos fatos curiosos é que Antônio Pinto de
Medeiros sempre gostou de ser do underground, preferia ficar nos bastidores do
que aparecer, tanto que foi o único membro da Academia Norte-Riograndense de
Letras a renunciar à “imortalidade”.
Nos jornais potiguares atuou no “Diário de Natal”, e
“Santo Ofício”, em “O Poti”, aos domingos, onde comentava os acontecimentos da
cidade, o futebol e onde fazia também crítica literária. Dono de um estilo
irônico e mordaz, Pinto não hesitava em assinalar inconsistências e arrasar a
maior parte da literatura então publicada no Estado, exercendo importante papel
de crítico literário e chegando a ser conhecido como “o terror do intelectual
medíocre”. Não obstante, valorizava e incentivava os novos em quem reconhecia
talento, como Zila Mamede, que o considerava seu mestre.
Antônio Pinto foi casado com dona Stela Medeiros e dessa
união conjugal nasceram os seguintes filhos: Plínio (falecido); Maria da
Saudade, residente no Rio de janeiro; Manfredo, funcionário do Banco do Brasil
e Gilka, advogada em Natal, falecida.
O seu primeiro livro “Pesia Atôa” foi lançado em 1949 e
dois anos depois veio o “Rio do Vento”, ambos foram financiados pelo próprio
bolso. Alguns de seus poemas podem ser vistos a seguir:
FONTE BRECHANDO
Nenhum comentário:
Postar um comentário